Em 1900, entrou para o Itamarati. Nos vinte anos em que esteve fora do Brasil, em missões diplomáticas por diversos países, acompanhou também os rumos da arte moderna lá fora. De volta ao Brasil, participou da Semana de Arte Moderna, em 1922. Em 1924, rompeu com a Academia, após a conferência: "O Espírito Moderno" na qual condenava a imobilidade da Literatura oficial. Naquela época, voltado para os problemas políticos e sociais do Brasil, escreveu Viagem Maravilhosa.
Literatura
Graça Aranha expõe em sua obra mais importante, Canaã, a vida do imigrante, na luta para se adaptar e se fixar em terras brasileiras. Denuncia as extorsões praticadas pelos poderosos, os preconceitos e o racismo. Por essas características e por seu valor documental, o romance se destaca como o marco inicial do Pré-Modernismo e se classifica como romance de tese ou de idéias. Os temas sociais e filosóficos são debatidos entre o protagonista Milkau e seu compatriota, Lentz.
O discurso empregado está recoberto pelo caráter humanitário e
universalista, defendido pelo protagonista Milkau. O autor dá colorido
impressionista à descrição da natureza, retratando o país, entre cores
exuberantes. Dessa forma, cumpre a principal proposta do Pré-Modernismo: a
"redescoberta do Brasil", por meio da denúncia da realidade
brasileira.
Embora não apresente personagens bem estruturadas e convincentes, a linguagem empregada demonstra a preocupação do autor com a qualidade estética. Além da presença do imigrante, da colônia e do mulato, há a recorrência ao folclore indígena e europeu, ressaltando a diferença cultural existente. Segundo Alfredo Bosi, Canaã nasce como o "retrato de algumas teses em choque e deleitação romântico-naturalista das realidades vitais. A dualidade, não resolvida por um poderoso talento artístico, criou graves desequilíbrios na estrutura da obra...".
Graça Aranha morreu em 1931 aos sessenta e dois anos de idade, no Rio de Janeiro.
Principais obras de Graça Aranha
Romance
Canaã (1902); A Viagem Maravilhosa (1929).
Conferência
Espírito Moderno (1925); Correspondência de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, (1923); Futurismo. Manifesto de Marinetti e Seus Companheiros (1926); O Meu Próprio Romance (1931).
Teatro
Malazarte (1911).
Ensaios
A Estética da Vida (1920).
Embora não apresente personagens bem estruturadas e convincentes, a linguagem empregada demonstra a preocupação do autor com a qualidade estética. Além da presença do imigrante, da colônia e do mulato, há a recorrência ao folclore indígena e europeu, ressaltando a diferença cultural existente. Segundo Alfredo Bosi, Canaã nasce como o "retrato de algumas teses em choque e deleitação romântico-naturalista das realidades vitais. A dualidade, não resolvida por um poderoso talento artístico, criou graves desequilíbrios na estrutura da obra...".
Graça Aranha morreu em 1931 aos sessenta e dois anos de idade, no Rio de Janeiro.
Principais obras de Graça Aranha
Romance
Canaã (1902); A Viagem Maravilhosa (1929).
Conferência
Espírito Moderno (1925); Correspondência de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, (1923); Futurismo. Manifesto de Marinetti e Seus Companheiros (1926); O Meu Próprio Romance (1931).
Teatro
Malazarte (1911).
Ensaios
A Estética da Vida (1920).