Palavras e frases que na
sua grande maioria têm a função comparativa com diversos assuntos, como
modo de agir e modo de pensar.
Quem entra em corrida de ganso é pato: Quem só pensa em frequentar shoppings ou acompanhar pessoas ricas logo vira consumista, se endivida e não consegue manter certo padrão de vida.
Pardal que não se esperta
vira servente de João-De-Barro: Quem não se esperta pra vida logo será
um João-Ninguém.
Memória de Elefante: O
elefante lembra de tudo o que aprende, motivo por que é uma das principais
atrações do circo. Por isso, dizem que as pessoas que se lembram de tudo (até
mesmo as magrinhas!) tem a memória de elefante.
Dormir com as galinhas: A
expressão significa deitar-se cedo, logo ao anoitecer, como fazem as galinhas.
Acordar com as galinhas: A
expressão significa acordar cedo, como fazem as galinhas.
Estômago de avestruz: Aquele
que come qualquer coisa. O estômago do avestruz é dotado de um poderoso suco
gástrico que é capaz de dissolver até metais.
Lágrimas de crocodilo: É
uma expressão bastante usada para se referir a choro fingido. O crocodilo,
quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo
as glândulas lacrimais. Assim, dá a impressão que ele "chora"
enquanto devora uma presa.
O canto do cisne: São
as últimas realizações em vida, de alguém. Antigamente dizia-se que o cisne
emitia um lindo canto quando estava prestes a morrer.
Abraço de tamanduá: Sinônimo
de traição ou deslealdade. O tamanduá se deita de barriga para cima e abre seus
braços. O inimigo, ao se aproximar é surpreendido por um forte abraço, lhe
crava as unhas e o esmaga.
Olhos de lince: Os
filhotes só abrem os olhos com dez dias de vida. Em compensação, quando
crescem, os linces têm uma visão apurada. Os povos mais antigos acreditam que
esses animais conseguiam enxergar através das paredes. Ter olhos de lince
significa enxergar longe.
Osso duro de roer: Problema
difícil de resolver.
Dar nó em pingo d'água: Ser
capaz de se sair de todas as dificuldades.
Remar contra a Maré ou
Remar contra a Correnteza: Tentar fazer uma coisa e tudo dar errado.
Dar a mão à palmatória: Ser
humilde e aceitar que errou.
Pintar o sete: fazer
bagunça.
Dar com os burros n'água: Fazer
muito esforço para conseguir algo e acabar perdendo tudo de forma banal.
Colocar a carroça na
frente dos bois: Significa fazer alguma coisa da forma errada.
Criança Traquina: Buliçosa;
travessa.
Nunca o vi mais gordo: significa
nunca ter visto tal pessoa.
Amigo da Onça: Diz
da pessoa, ou amigo, que é falso.
Ficar Chupando dedo: Ficar
somente com a vontade de fazer alguma coisa.
Cabeça Martelando: Quando
a pessoa está com muitos problemas, ou com dor de cabeça.
Antes só do que mal
acompanhado: antes a pessoa ficar sozinha do que
acompanhada de uma pessoa ruim.
Quem se mistura com
porcos, farelo come: Quem acompanha pessoa de índole ruim acaba
tornando-se igual a ela.
Cada macaco no seu galho: Cada
pessoa no seu devido lugar.
De grão em grão, a galinha
enche o papo: Aos poucos se consegue atingir um objetivo.
Deus escreve certo por
linhas tortas: Deus consegue estabelecer a verdade por mais
difícil que esta pareça ser.
A cavalo dado não se
olham os dentes: a um objeto ou presente recebido não se olha
ou aprecia o valor monetário.
Quem fala demais dá bom
dia a cavalo: Algumas pessoas conversam tudo, pelos
cotovelos, falam da vida dos outros e da própria vida e se arrependem depois.
Falam pelos cotovelos.
Um dia da caça, o outro é
do caçador: Num dia as pessoas têm sorte, no outro não.
Quem casa, quer casa: A
pessoa quando se casa quer ter uma casa própria.
Quando um Burro fala, a
outra murcha a orelha: quando uma pessoa fala a outra se cala.
Uma Andorinha só não faz
verão: Em certas ocasiões uma pessoa sozinha não
resolve o problema. Solteiro/a não tem vida/família.
Pôr a carapuça: Na
época da “santa” Inquisição, os condenados eram obrigados a vestir trajes
ridículos para comparecer aos julgamentos. Além de usarem uma túnica com o formato
de um poncho, precisavam colocar sobre a cabeça um chapéu longo e pontiagudo,
conhecido como carapuça. Daí a expressão “pôr a carapuça" ou assumir a
culpa.
Quintos dos
infernos: Durante o século 18, os portugueses cobravam
diversos impostos no Brasil, entre os quais a quinta parte (20%) de todo o ouro
extraído.
Depois
da coleta, esses impostos - chamados de quintos- eram enviados para Portugal. O
povo da metrópole, que achava que o Brasil ficava no fim do mundo, dizia: “Lá
vem a nau dos quintos dos infernos“.
Vira-casaca: Carlos Manuel III, duque de Savóia e rei da Sardenha, sempre ameaçado, ora pela Espanha, ora pela França, usava as cores nacionais de uma dessas nações, de acordo com a aliança do momento. Daí chamar de vira-casaca a pessoa que muda frequentemente de opinião, de partido político, de idéias, conforme a conveniência própria.
Vira-casaca: Carlos Manuel III, duque de Savóia e rei da Sardenha, sempre ameaçado, ora pela Espanha, ora pela França, usava as cores nacionais de uma dessas nações, de acordo com a aliança do momento. Daí chamar de vira-casaca a pessoa que muda frequentemente de opinião, de partido político, de idéias, conforme a conveniência própria.
Negócio da China: A
expressão foi criada durante o século 19, época em que a Inglaterra dominou o
comércio de ópio na China. A concessão de Hong Kong à Inglaterra após a Guerra
do Ópio deu uma conotação ainda mais clara à expressão.
Afinal,
além de se compensarem por uma guerra que injustamente provocaram, os ingleses
abocanharam parte do território chinês transformando-o numa ponta de lança
permanente do Império Britânico na região.
Com a
revolução chinesa, ”negócio da China” passou a designar toda e qualquer relação
comercial proveitosa apenas para uma das partes.
Pior a emenda do que o soneto: Certo candidato a escritor apresentou um soneto de sua autoria ao poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, pedindo-lhe que marcasse com cruzes os erros encontrados. Bocage leu tudo, mas não marcou cruz nenhuma, alegando que elas seriam tantas que a emenda ficaria ainda pior do que o soneto.
Pior a emenda do que o soneto: Certo candidato a escritor apresentou um soneto de sua autoria ao poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, pedindo-lhe que marcasse com cruzes os erros encontrados. Bocage leu tudo, mas não marcou cruz nenhuma, alegando que elas seriam tantas que a emenda ficaria ainda pior do que o soneto.
A
expressão ficou na boca do povo como alusão a alguém que, ao corrigir um erro
cometido, em vez de melhorá-lo, piorou-o.
Dar de mão beijada: Tem
origem no ritual das doações ao rei ou ao papa. Em cerimônia de beija-mão, os
fiéis mais abastados faziam as suas ofertas, que podiam ser terra, prédios e
outras dádivas generosas. Desde então, a expressão simboliza avorecimentos.
Batismo de fogo: Ao
condenar os hereges à fogueira, a assim denominada “santa” Inquisição
sustentava que não tendo eles sido batizado com água benta, faziam ali o seu
batismo de fogo.
E os
que os condenavam ainda garantiam que os réus faziam um bom negócio ao trocar
as labaredas eternas do Inferno por umas chamuscadelas que apenas os levariam
desta vida.
A
expressão mudou de sentido, no século 19, quando Napoleão III a usou para se
referir aos que entravam em combate pela primeira vez.
Hoje,
Batismo de Fogo significa qualquer situação crítica em que alguém têm de
apresentar um bom desempenho.
Cheio de nove horas: Nove
horas era a hora clássica do século 19, que regulava o final das visitas e
ditava o momento das despedidas.
A
expressão surgiu nessa época para designar alguém que ditava regras de conduta
e restringia as alegrias dos outros, complicando as coisas mais simples.
Pôr em pratos limpos: Quando,
em 1765, foi aberto o primeiro restaurante, na França, estabeleceu-se que a
conta seria paga após a pessoa comer, ao contrário do que depois veio a
acontecer com os lanches rápidos.
Quando
o dono ou o garçom vinha cobrar a conta e o cliente ainda não havia feito a sua
refeição, os pratos limpos eram a prova que ele nada devia. Atualmente,
significa esclarecer uma situação nebulosa.
Salvo pelo gongo: O
ditado tem origem na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para
enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e
encaminhados para o ossuário e o túmulo eram utilizados para outro infeliz.
Só que,
às vezes, ao abrir os caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões nas
tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha
sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época).
Assim,
surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto,
tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino.
Após o
enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o
indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele
seria salvo pelo gongo.
Com o
tempo, a expressão passou a significar “Escapar de se meter numa encrenca por
uma fração de segundos”.
Tudo como dantes no
quartel de Abrantes: Significado: o que permanece sempre na mesma,
sem alteração. O povo português respondia com essa expressão quando perguntado
sobre como as coisas iam a seu país, na época da primeira invasão francesa,
comandada pelo general Junot, que instalou seu quartel-general em Abrantes.
Elefante branco: A
expressão vem de um costume do antigo reino de Sião, situado na atual
Tailândia, que consistia no gesto do rei de dar um elefante branco aos
cortesãos que caíam em desgraça. Sendo um animal sagrado, não podia ser posto a
trabalhar. Como presente do próprio rei, não podia ser vendido. Matá-lo, então,
nem pensar. Não podendo também ser recusado, restava ao infeliz agraciado
alimentá-lo, acomodá-lo e criá-lo com luxo, sem nada obter de todos esses
cuidados e despesas.
Daí o
ditado significar algo que se tem ou que se construiu, mas que não serva para
nada.
Comer com os olhos: Significado:
Apreciar de longe, sem tocar. Origem: soberanos da ÿfrica Ocidental
não consentiam testemunhas às suas refeições. Comiam sozinhos. Na Roma Antiga,
uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num banquete oferecido aos deuses em
que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam, “comendo com os olhos”. A
propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que certos olhares absorvem a
substância vital dos alimentos.
Amigo da onça: Significado:
Amigo falso, hipócrita. Segundo estudiosos da língua portuguesa, este
termo surgiu a partir de uma história curiosa. Conta-se que um caçador
mentiroso, ao ser surpreendido, sem armas, por uma onça, deu um grito tão forte
que o animal fugiu apavorado. Como quem o ouvia não acreditou, dizendo do que,
se assim fosse, ele teria sido devorado, o caçador, indignado, perguntou se,
afinal, o interlocutor era seu amigo ou amigo da onça.
Estar com a corda no
pescoço: Significado: Estar ameaçado, sob pressão ou
com problemas financeiros. Origem: o enforcamento foi, e ainda é em alguns
países, um meio de aplicação da pena de morte. A metáfora nasceu de anistias ou
comutações de pena chegadas à última hora, quando o condenado já estava prestes
a ser executado e o carrasco já lhe tinha posto a corda no pescoço, situação
que, de fato, é um sufoca.
Como sardinha em lata: A
palavra sardinha vem do latim sardina. Designa o peixe abundante na Sardenha,
conhecida região da Itália. É um alimento apreciado e nutritivo, de sabor bem
peculiar. As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou em outro molho, vêm
coladas umas às outras. Por analogia, usa-se a expressão para designar a
superlotação de veículos de transporte público.
Surdo como uma
porta: Os antigos romanos faziam oferendas à deusa
porta, suplicando-lhe favores. Beijavam-na, olhavam-na com lágrimas,
perfumavam-na e enfeitavam-na com flores quando os pedidos eram atendidos.
Quando, porém, a porta se mostrava surda às solicitações, era ofendida com
diversos impropérios que visavam castigar sua surdez. O costume foi registrado
pelo escritor romano Festus, no século 4º.
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