Ricamente adornado (enfeitado),
ia um soberbo corcel (cavalo alazão) dar um passeio. Pesadamente carregado
de carvão vinha um jumento cargueiro para o mercado.
Encontraram-se. Saia do meu caminho, miserável, relinchou o corcel,
irado; e cuidado para não me sujar. O outro baixou as orelhas e ficou
sofrendo, calado. Daí a tempos, o corcel adoeceu, e perdido todo o seu
merecimento, foi vendido para o comerciante; puseram-no a carregar carvão.
Encontrou-o um dia o cavalo cargueiro. “Irmão! onde está aquela arrogância?
onde aqueles rompantes? Peão como eu, e agora menos que eu, carrego
carvão! Cuidado pra não me sujar...!”
MORALIDADE: Por mais
elevados que estejais, não desprezeis ao vosso semelhante; a roda da fortuna
desanda tão fácil quão imprevistamente.
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